13 de agosto de 2011

Adoçantes, eis a questão!

Até algumas décadas atrás os adoçantes eram usados apenas por diabéticos ou pessoas com doenças que precisavam da restrição no uso do açúcar. Nessa época eles eram inclusive classificados como medicamentos. Da década de 80 para hoje vemos um aumento crescente no consumo desses produtos em todo o mundo, sendo principalmente motivado pela busca de padrões estéticos preconizados pela cultura atual. Há inclusive mulheres que, por uma restrição alimentar continua, fazem uso diariamente de adoçantes durante muitos anos.

Mas todos concordamos que, apesar do aumento no consumo desses produtos, existem diversas dúvidas ainda sobre o assunto. Por ser consumido principalmente entre as mulheres, muitas não sabem, por exemplo, se podem ou não continuar seu uso durante a gravidez. A cada ano novas pesquisas condenam ou libertam esse ou aquele tipo de adoçante e o consumidor fica sem saber o que fazer ou o qual preferir. “Entre o açúcar e o adoçante, o que escolher?”

A preferência pelo sabor doce é inerente aos seres humanos, mas ao longo dos anos o consumo do açúcar vem aumentando de forma significativa, o que definitivamente não é saudável.

O açúcar refinado ou açúcar comum entra rapidamente na circulação, elevando a glicemia, que é prejudicial aos diabéticos. Esse aumento da glicemia faz com que aumentem os níveis de insulina, que tem o efeito de retirar esse açúcar da circulação. Devido ao excesso, parte desse carboidrato disponível na circulação é convertido em gordura para armazenamento. Além do ganho de peso, o uso contínuo de grandes quantidades de açúcar pode predispor a uma resistência à insulina (quando ela já não exerce seu efeito completamente), levando ao desenvolvimento do diabetes.

E, ao contrário do que se pensa, o cuidado não deve ser só no quanto coloca-se de açúcar no cafezinho; O açúcar pode estar muito mais presente no dia-a-dia do que se imagina. Sorvetes, bolos, pães doce, bolachas, iogurtes, refrigerantes, sucos em pó ou em caixinha entre outros alimentos levam açúcar em sua composição.

Por outro lado temos os adoçantes, que (como já foi dito) levanta grandes dúvidas sobre a segurança de seu consumo. Adoçantes ou edulcorantes são substâncias com o poder adoçante maior que o do açúcar comum, geralmente isento de calorias ou com baixo valor calórico. Temos atualmente diversos tipos de adoçantes, sendo eles classificados basicamente em dois tipos: naturais (estévia, frutose, manitol) e artificiais (sacarina, ciclamato, aspartame, sucralose, acessulfame-K). Como o próprio nome sugere, os mais recomendados são os naturais, por terem potencialmente menores efeitos adversos. Em relação aos artificiais, deve-se tomar cuidado com a sacarina e ciclamato, que normalmente aparecem juntos e possuem em sua composição o Sódio, mineral que deve ser restrito para os hipertensos. Os portadores de fenilcetonúria devem evitar o uso de aspartame, já que possui fenilalanina em sua composição. A sucralose e o acessulfame-K praticamente não são metabolizados, portanto são mais seguros para uso, inclusive em gestantes.

Como qualquer outro aspecto no que se refere à saúde e alimentação, o bom senso e a moderação deve prevalecer. O uso esporádico do açúcar não é prejudicial, assim como o uso de quantidades muito grandes de adoçantes todos os dias deve ser evitado.

Abaixo seguem algumas dicas para encontrar o meio termo e usar essas substâncias de forma segura e saborosa:

- Diminuir o consumo diário de açúcar e adoçante e apreciar mais o sabor natural dos alimentos e bebidas. Quando exageramos no sabor doce, nosso paladar tende a pedir cada vez sabor mais acentuado;

- Produzir bolos e sobremesas usando menos açúcar ou o substituindo por mel ou frutas frescas;

- Consumir mais frutas frescas no lugar de sobremesas tanto com açúcar como com adoçante. O sabor naturalmente doce da fruta ajudará a saciar a vontade pelo paladar doce;

- Procurar conhecer os ingredientes de alimentos industrializados e evitar excessos de açúcar ou de adoçante nesses alimentos;

- Usar adoçante com moderação, para que não sejam ultrapassados os limites seguros dessas substâncias a saúde.

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